Grupo é criado para dar apoio a investigação de feminicídios na Paraíba
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Publicado em 24/11/2018

Documento assegura a qualificação do enfrentamento à violência contra mulheres no estado.

Foi criado, nesta sexta-feira (23), um grupo de trabalho interinstitucional para investigar, processar e julgar, com perspectiva de gênero, as mortes violentas de mulheres (feminicídios), ocorridas na Paraíba. O grupo foi criado por meio de decreto. O documento assegura a qualificação do enfrentamento à violência contra mulheres no estado da Paraíba em diálogo com as ações do Programa Paraíba Unida pela Paz.

 

Durante a solenidade, ocorrida na abertura do I Congresso Brasileiro ElesporElas, no Espaço Cultural, em João Pessoa, a representante da ONU, Nadine Gasman, afirmou que a legislação do feminicídio no Brasil é uma ferramenta que pode mudar e prevenir os assassinatos.

“Os dados nacionais assustadores de mais de 4.600 mortes de mulheres por ano colocando o Brasil como 3º país onde mais se mata mulheres no mundo pede uma ação enérgica para prevenir e enfrentar a violência. O documento assinado pelo governo da Paraíba significa um compromisso do Estado e das instituições para mudar a realidade”, disse Gasman.

A secretária da Mulher, Gilberta Soares, afirmou que o decreto é uma garantia para que as instituições envolvidas possam se movimentar em conjunto para enfrentar a impunidade e transformar em realidade o que está na Lei do Feminicídio, que entrou em vigor desde 2015.

 

“Este é o momento para olhar para os crimes contra mulheres e identificar caso a caso se houve feminicídio”, disse Gilberta Soares.

 

Segundo Gilberta Soares, o grupo será vinculado à Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana e terá os objetivos de realizar debates e estudos sobre a aplicação das diretrizes nacionais por parte dos profissionais responsáveis pela investigação e pela persecução penal de mortes violentas de mulheres por razões de gênero, além de elaborar orientações e linhas de atuação para melhorar a atuação destes profissionais que possam intervir durante a investigação, o processo e o julgamento das mortes violentas de mulheres.

A reitora da UFPB, Margareth Diniz, explicou que a universidade vem dialogando para construção do grupo e espera que o decreto efetivamente alcance a sociedade paraibana.

 

Congresso ElesporElas

 

Ligado ao movimento criado pela ONU Mulheres, o ElesporElas (HeforShe), surge com esforço de envolver homens e meninos na remoção das barreiras sociais e culturais que impedem as mulheres de atingir seu potencial e para juntos ajudarem a construírem uma nova sociedade. O evento continua neste sábado (24), às 9h, com palestras durante todo o dia com especialistas da área.

FONTE:https://g1.globo.com

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