Categoria reivindica o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), dos profissionais da saúde aprovado em 2011
Servidores municipais da Saúde do município de Campina Grande, no Agreste do estado, paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (29) após uma assembleia realizada na terça-feira (28). De acordo com Nazito Pereira, o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), cerca de 1,2 mil servidores cruzaram os braços.
Eles reivindicam o cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), dos profissionais da saúde aprovado em 2011 pela Câmara Municipal da cidade. Nazito Pereira disse ao Portal Correio que o município ainda não se posicionou sobre as demandas salariais dos servidores e que, por isso, a greve segue por tempo indeterminado.
“A Prefeitura de Campina Grande não tem dado efetivação ao PPCCR da Saúde, conforme aprovado pela Câmara. Comunicamos no dia 17 de junho ao governo municipal sobre o movimento grevista, além dos constantes encontros sobre o problema, mas nada foi resolvido. Após assembleia, os servidores decidiram paralisar o trabalho”, disse o presidente.
Devido à greve, apenas 30% dos funcionários da Unidade de Pronto Atendimento, do Serviço de Atendimento Médico (Samu) e do Hospital estão trabalhando. Segundo o sindicato, os postos de saúde estão fechados. “Estão em atividades nos serviços essenciais além dos 30%, os servidores comissionados e prestadores de serviços. A categoria fará uma mobilização nesta quinta-feira (30), no Centro de Campina Grande”, avisou Nazito Pereira.
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campina Grande informou que tomou conhecimento, pela imprensa, da paralisação. A Saúde disse que existe uma mesa de negociação com os servidores para discussão do Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR), da qual participam representantes de todas as categorias de servidores da saúde. Esta comissão tem se reunido periodicamente com a gestão municipal. Ainda sobre o PCCR, a Secretaria de Saúde assegura que o Plano está seguindo todo trâmite legal e que os enquadramentos dos servidores, por tempo de serviço, já está em curso.
Por fim, a Secretaria Municipal de Saúde espera que o Sindicato possa rever a decisão, uma vez que a gestão tem mantido o diálogo permanente com os trabalhadores e não há atraso de pagamento dos servidores efetivos. A Secretaria de Saúde alerta ainda, que o município encontra-se em Estado de Emergência Sanitária, em decorrência da Síndrome da Zika Congênita, que tem causado os casos de microcefalia, sendo imprescindível a atuação dos profissionais de saúde na assistência às gestantes e no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
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Com: Portal Correio