A Justiça do Trabalho condenou a Arquidiocese da Paraíba a pagar uma indenização de R$ 12 milhões por casos de exploração sexual contra menores de idade. O crime foi praticado por quatro padres e até o arcebispo emérito do estado, Dom Aldo Pagotto, estão envolvidos no escândalo. Sobre essa condenação, Dom Delson não deu nenhuma declaração.
Em reportagem veiculada pelo Fantástico, algumas vítimas, autoridades e outros envolvidos no caso revelaram como os abusos aconteciam.Dom Delson explicou em vídeo publicado no Facebook que a reportagem "trouxe de novo à tona uma questão difícil para a Arquidiocese. Toda a igreja se vê envolvida nessa onda de denúncias e sente profundamente que padres estejam sendo denunciados nos meios de comunicação, atingindo o que nós temos de mais sagrado, a nossa fé", declarou.De acordo com o arcebispo, o procedimento canônico está em fase de conclusão pelo Tribunal Eclesiástico Regional Nordeste II. "Esperamos a conclusão com os pareceres dos juízes eclesiásticos, para enviá-los à Coligação da Doutrina da Fé, órgão do Vaticano responsável para tratar sobre essas matérias mais graves", disse.
Além da condenação do Ministério Público do Trabalho e do arquivamento dos casos do Ministério Público Estadual, uma sessão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça formou maioria pela condenação da Arquidiocese da Paraíba, no dia 22 de janeiro, em uma outra ação civil envolvendo acusações de pedofilia com mais de vinte jovens.
No alvo da ação por danos morais coletivos, movida pelo Ministério Público Estadual, estão acusações de pedofilia contra um padre na cidade de Jacaraú, no Litoral Norte da Paraíba, Adriano José da Silva, já falecido. O julgamento não foi concluído porque um dos desembargadores pediu vista. Um novo julgamento está marcado para a próxima terça-feira (5). Sobre esse assunto, Dom Delson também não se pronunciou.
No vídeo, o arcebispo disse que "se houver culpados, que sejam responsabilizados. Repudiamos todo e qualquer ato que atente contra a dignidade humana, sobretudo quando se trata dos mais vulneráveis", ressaltou.
FONTE:https://g1.globo.com