O “fofoqueiro” da TV possui diversos processos, mas nada que lhe tire a paz
Leão Lobo, com 43 anos de carreira, é um dos mais famosos jornalistas de celebridades do Brasil. O apresentador já viu e ouviu as histórias mais curiosas no meio artístico. Em uma entrevista ao Diário de São Paulo, divulgada neste domingo (10), ele contou sobre o preconceito com o trabalho: “Você tem de estar ali, em cima da fonte, dá tanto trabalho quanto qualquer notícia de economia”.
O “fofoqueiro” da TV possui diversos processos, mas nada que lhe tire a paz. No entanto, ele revela um trauma na adolescência, o de ter sido abusado sexualmente. Leão Lobo conta que os agressores o perseguiram com um revólver quando ele tentava fugir e que não sabe como escapou com vida.
“Eu sofri um estupro quando tinha 16 anos. Foi na praia em Mongaguá. Uns rapazes me levaram para uma casa, me trancaram e fizeram o diabo que você possa imaginar. Arrancaram muitas peças minhas, roupas, um cinto que a minha mãe tinha feito pra mim, com muito carinho, me lembro dele até hoje. Foi uma coisa horrorosa. Não sei como estou vivo, pra dizer bem a verdade. Eu lembro que eu fugi, o desespero foi tanto que eu arranquei a porta com os pregos e tudo e saí correndo. Aí, eu caí, um dos caras veio com o revólver atrás de mim e fui salvo por um casal de caiçaras, que tomava conta da casa. Nem agradeci o casal, porque não tinha condições na época. Eu era um menino, estava descobrindo a sexualidade, então foi muito traumático pra mim”
Ainda sobre a sua adolescência, o apresentador conta que sofreu muito bullying por ser gay: “Sofri muito preconceito, de apanhar na rua, de olhar pro cara, vir uma turma e me deixar ensanguentado no chão… Então, quer dizer, foi mais do que um preconceito levezinho. Fora essa coisa de xingar quando você passa”.
Conta que já superou o estupro e fala sobre seus relacionamentos.
“Tive namorados que deram golpe, roubaram meu dinheiro… Tive tudo que você pode imaginar. Eu fico quietinho, na minha, mas teve de tudo. Se eu tinha de viver essa vida de homossexual no Brasil, vivi por todos os ângulos, de todos os jeitos”.
O jornalista contou como foi a decisão de ter tido uma filha, e afirma que na verdade foi a criança que o adotou, na época.
“A Ana Beatriz nasceu na minha casa, a mãe dela trabalhava comigo e estava grávida. Aí ela falou que ia fazer um aborto e eu não deixei, disse que ia ajudar a criar. Na verdade, não imaginava ser pai, imaginava que fosse ajudar a cuidar. Só que você vai se envolvendo, se apaixonando e, quando ela nasceu, eu já era o pai (risos). Com oito meses ela falou: “Mamã, papá”… A partir desse dia, ela me adotou (risos). Ela está com 24 anos, é minha paixão, tudo na minha vida. E agora tem minha neta, Laura. Uma bonequinha, de 10 meses”.
Rádio Caruá Fm
Com portal do Litoral