Atos contra bloqueios de verbas da educação acontecem em cidades da Paraíba
15/05/2019 14:52 em O que acontece..

João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Sousa, Monteiro, Areia e Cuité tiveram protestos.

Manifestantes fizeram protestos contra bloqueios em verbas da educação, anunciados pelo Governo Federal, em cidades da Paraíba, do Litoral ao Sertão, nesta quarta-feira (15).

 

Em João Pessoa, a concentração do ato público começou às 9h, em frente ao Lyceu Paraibano, no Centro. A estimativa da organização é que 30 mil pessoas participaram da manifestação. A organização informou ainda que o ato contou com estudantes, professores, sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos. A Polícia Militar informou que não vai divulgar números.

Segundo a Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP), o protesto bloqueou totalmente o trânsito na Avenida Getúlio Vargas com a Tabajaras, às 10h. Por volta das 10h50, os manifestantes saíram do Lyceu Paraibano em direção ao Parque Sólon de Lucena, o Parque da Lagoa.

 

O grupo chegou à Lagoa e passou por baixo dos viadutos que levam à rodoviária. Depois voltaram pela praça Pedro Américo, passaram em frente à Assembleia Legislativa e seguiram até o Ponto de Cem Réis, onde o protesto terminou por volta das 14h. Os bloqueios no trânsito foram encerrados às 13h34, segundo a Semob.

 

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  • A concentração em Campina Grande foi às 7h, na Universidade Federal de Campina Grande. Os alunos se reuniram e seguiram pela rua Arrojado Lisboa, depois João Pessoa e seguiram para a Praça da Bandeira. Como não soube todo mundo na praça, o grupo voltou às ruas, passando pela Marechal Deodoro, Venâncio Neiva, voltando pela Maciel Pinheiro. Os manifestantes ainda ficaram em frente à Prefeitura, em protesto pelo apoio do prefeito Romero Rodrigues ao Governo Federal.

    De acordo com os organizadores, o ato reuniu 20 mil pessoas e terminou por volta das 12h30. Participam professores e estudantes da UFCG, UEPB e IFPB, além de outros movimentos sociais.

    Em Areia, no Brejo do estado, o ato começou às 8h, com concentração na Igreja do Rosário. Participam todos os sindicatos de setores da educação da cidade. O grupo, mais de mil pessoas, segundo a organização, seguiu em caminhada até a praça do Centro.

     

    O protesto terminou às 11h, com representantes do Sintesp-PB, da AdufPB Areia, Sintab de Areia e Remígio, Sintesf, UNI, escolas públicas locais de areia, assim como as escolas particulares do município.

    Em Monteiro, no Cariri, houve uma uma audiência pública na Câmara Municipal, às 8h, com professores das redes municipal e estadual. Depois, eles saíram em passeata na avenida principal da cidade. Já os alunos do IF se concentraram no campus na avenida Recife, na PB-264, depois saíram pelas ruas da cidade e se juntaram aos professores. Os dois grupos seguiram até a Praça João Pessoa, onde aconteceu o ato público, até as 10h30. Segundo a organização, participaram cerca de 150 pessoas.

    Na cidade de Cuité, também na região do Cariri da Paraíba, também foi registrado protesto pelas ruas da cidade. Estudantes do campus da UFCG da cidade e estudantes secundaristas fizeram uma caminhada pela cidade com cartazes. O protesto começou às 7h, com concentração na ladeira da UFCG, percorreu o centro da cidade até a escola estadual principal e voltou à UFCG. Além de estudantes, participaram docentes, técnicos-administrativos , empregados terceirizados e comerciantes da região. A estimativa de público foi de 1.500 pessoas, segundo os organizadores.

     

    Estudantes do IFPB na cidade de Guarabira, no Brejo paraibano, também promoveram uma manifestação na manhã desta quarta (15). De acordo com os organizadores, o ato reuniu aproximadamente 600 pessoas. Os estudantes, acompanhado de servidores e professores, caminharam do IFPB, caminharam até o Centro de Guarabira, e terminaram o protesto no mercado público da cidade.

    Além dos protestos, instituições públicas de ensino básico, fundamental, médio e superior suspenderam as atividades nesta quarta-feira (15).

    Bloqueios na educação

     

     

    Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.

    De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.

    Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.

     

    Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.

    FONTE:https://g1.globo.com

 
 
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