De acordo com os organizadores, o ato reuniu 20 mil pessoas e terminou por volta das 12h30. Participam professores e estudantes da UFCG, UEPB e IFPB, além de outros movimentos sociais.
Em Areia, no Brejo do estado, o ato começou às 8h, com concentração na Igreja do Rosário. Participam todos os sindicatos de setores da educação da cidade. O grupo, mais de mil pessoas, segundo a organização, seguiu em caminhada até a praça do Centro.
O protesto terminou às 11h, com representantes do Sintesp-PB, da AdufPB Areia, Sintab de Areia e Remígio, Sintesf, UNI, escolas públicas locais de areia, assim como as escolas particulares do município.
Em Monteiro, no Cariri, houve uma uma audiência pública na Câmara Municipal, às 8h, com professores das redes municipal e estadual. Depois, eles saíram em passeata na avenida principal da cidade. Já os alunos do IF se concentraram no campus na avenida Recife, na PB-264, depois saíram pelas ruas da cidade e se juntaram aos professores. Os dois grupos seguiram até a Praça João Pessoa, onde aconteceu o ato público, até as 10h30. Segundo a organização, participaram cerca de 150 pessoas.
Na cidade de Cuité, também na região do Cariri da Paraíba, também foi registrado protesto pelas ruas da cidade. Estudantes do campus da UFCG da cidade e estudantes secundaristas fizeram uma caminhada pela cidade com cartazes. O protesto começou às 7h, com concentração na ladeira da UFCG, percorreu o centro da cidade até a escola estadual principal e voltou à UFCG. Além de estudantes, participaram docentes, técnicos-administrativos , empregados terceirizados e comerciantes da região. A estimativa de público foi de 1.500 pessoas, segundo os organizadores.
Estudantes do IFPB na cidade de Guarabira, no Brejo paraibano, também promoveram uma manifestação na manhã desta quarta (15). De acordo com os organizadores, o ato reuniu aproximadamente 600 pessoas. Os estudantes, acompanhado de servidores e professores, caminharam do IFPB, caminharam até o Centro de Guarabira, e terminaram o protesto no mercado público da cidade.
Além dos protestos, instituições públicas de ensino básico, fundamental, médio e superior suspenderam as atividades nesta quarta-feira (15).
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
FONTE:https://g1.globo.com