De acordo com o governo do estado, a intervenção é necessária “para manter os serviços hospitalares com o devido atendimento à população”. Em nota, a administração estadual informou também que decidiu pelo afastamento imediato de todas as pessoas responsáveis pela administração do Ipcep.
O objetivo da quinta fase da "Calvário" foi cumprir 28 mandados, sendo três de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão, em cinco estados. O diretor administrativo do Hospital Geral de Mamanguape (HGM), Eduardo Simões Coutinho, também foi preso por volta das 7h30.
De acordo com decreto publicado no DOE, a intervenção acontece no tocante às questões técnicas, assistenciais, administrativas e financeiras das unidades hospitalares, com o objetivo de manter a conformidade dos atos administrativos e o cumprimento das obrigações imprescindíveis à devida prestação dos serviços públicos de saúde.Durante a vigência da intervenção, ficam proibidas, por parte da Organização Social contratadas, a movimentação de recursos financeiros e a ordenação de despesas, a admissão, movimentação e demissão de empregados e a rescisão, aquisição e contratação de bens e serviços.
Como interventor para o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, foi designado o o coronel bombeiro Lucas Severiano de Lima Medeiros, e para o Hospital Geral de Mamanguape, Gilson Mauro Costa Fernandes.
Denunciada na primeira etapa da operação, ao lado da Cruz Vermelha Brasileira (CVB), a organização social Ipcep voltou a ser alvo nesta quarta-feira. Além das prisões, também foram alvos de mandados de busca e apreensão o diretor executivo do Ipcep, Antônio Carlos de Sousa Rangel, o diretor administrativo do HTMST, Henaldo Vieira da Silva; a diretora jurídica, Giovana Araújo Vieira, e o diretor financeiro, Mario Sérgio Santa Fé da Cruz.
Eles são investigados pela suspeita do crime de falsificação de documento público, consubstanciado na adulteração de Termo de Referência que ensejou a contratação da empresa DIMPI Gestão em Saúde Ltda para prestar serviços de imagens no Hospital Metropolitano de Santa Rita.
Em relação a Eduardo Coutinho, ele teria recebido dinheiro de propina de fornecedores no Ipcep em nome de Daniel Gomes da Silva, empresário da Cruz Vermelha, preso no começo da operação, a exemplo das vantagens indevidas entregues por José Aledson de Sousa Moura, proprietário de fato da Total LAB.
Fonte:https://g1.globo.com