Oficialmente, o objetivo é "apurar os ilícitos cometidos na seara dos órgãos e entidades desportivas ligadas ao futebol paraibano diante dos indícios de desvio de recursos originados do programa Gol de Placa". Algo que afeta diretamente os clubes que jogam a 1ª divisão do Campeonato de Futebol, que são aqueles que recebem dinheiro do Estado como forma de incentivo ao futebol local.
Para justificar a abertura da investigação, a portaria cita ofício do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que investigou o futebol paraibano dentro da Operação Cartola e que teria encontrado evidências de ilícitos penais no âmbito do programa. No mesmo ofício, o Gaeco solicitava que o Governo "tomasse as medidas cabíveis de acordo com as normas anticorrupção, objetivando a celebração de acordo de leniência no interesse do Estado da Paraíba".
A PIP, lembra a portaria, é de caráter sigiloso e não punitivo, mas que obrigatoriamente antecede um Processo Administrativo de Responsabilização, que esse sim pode acarretar em punições contra as associações. O objetivo agora, portanto, é averiguar "indícios de autoria e materialidade de todo e qualquer fato que possa acarretar a aplicação das sanções previstas" pela lei.
Quatro servidores técnicos foram nomeados como integrantes da PIP. Alexandre da Costa Rodrigues, representando a Controladoria Geral do Estado, vai coordenar as investigações. Além dele, os auditores fiscais José Marconi da Silva, Gláucio Robson Alves Ribeiro e Renato Neiva Montenegro também fazem parte da Comissão.
FONTE:https://g1.globo.com