O presidente da República, Michel Temer, chegou às 9h desta quarta-feira ao palanque oficial para dar início ao desfile militar de 7 de Setembro, em comemoração aos 194 anos da independência, em Brasília.
Assim que ele chegou, parte do público de uma das arquibancadas gritou “Fora Temer” e “golpista” (veja vídeo abaixo). Outra parte reagiu, aplaudindo o presidente e gritando “Fora, comunistas” e “Nossa bandeira jamais será vermelha”.
O evento do 7 de Setembro foi a primeira aparição pública depois de ter sido empossado presidente após o impeachment de Dilma Rousseff. Logo depois da posse, no último dia 31, ele viajou para a China, onde participou do encontro de cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) e chegou de volta ao Brasil nesta terça-feira (6).
Sem usar a faixa presidencial, Temer se postou no palanque ao lado da mulher Marcela – o casal não levou o filho Michelzinho – e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para ouvir o Hino Nacional. Também estavam no palanque o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e ministros do governo.
O presidente abriu mão da tradição de usar o Rolls Royce da Presidência da República. Com uma capota conversível, o automóvel geralmente é utilizado nas posses presidenciais e também em datas comemorativas. Ele se deslocou até o palanque em um carro fechado. O Palácio do Planalto não explicou o que motivou a decisão de Temer.
Às 9h15, o comandante militar do Planalto, a bordo de um veículo blindado voltado para a tenda de autoridades, pediu ao presidente autorização para iniciar o desfile.
O evento aconteceu exatamente uma semana após Michel Temer ter tomado posse como presidente depois de o Senado aprovar o impeachment de Dilma Rousseff.
A um custo de R$ 1,1 milhão, o desfile reúne 1,2 mil civis, incluindo estudantes da rede pública, e 3,3 mil militares. No total, serão mais de 20 entidades e órgãos envolvidos.
O público esperado é de cerca de 30 mil pessoas. O acesso às arquibancadas foi controlado, sem permissão para que os participantes levassem objetos de vidro ou cortantes. Fogos de artifício, hastes para bandeiras e máscaras também foram vetados.
Uma barreira foi instalada no meio do gramado da Esplanada dos Ministérios, dividindo o espaço em dois.
Oficialmente, nenhum grupo informou à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal sobre a realização de protestos, mas manifestações têm sido convocadas por meio das redes sociais.
Fonte:http://caririligado.com.br