O TCAC é fruto de um inquérito civil público movido pelo promotor Carlos Romero Paulo Neto contra a Câmara, a partir de denúncia promovida por um servidor efetivo do Poder Legislativo, que denunciava “inassiduidade habitual de expressivo número de servidores”. Desrespeitos ao que diz o acordo podem gerar multas e ações civis.
Durante as investigações, a propósito, ficou constatado que até o momento o ponto é registrado em formulários físicos de frequência, algo que o promotor classifica como “insuficiente e inadequado” para comprovar a correta frequência de todos os servidores.
De acordo com o texto do TCAC, esse tipo de procedimento pode “favorecer inconsistências e inexatidões em face das posibilidades de registro ulterior, fictício ou inautêntico” e pode ainda “se mostrar obsoleto e ineficiente em comparação com as soluções e equipamentos tecnológicos que permitem o registro e aferição automatizados e eletrônicos da frequência de trabalhadores, já disponíveis no mercado”.A mudança do sistema, no entanto, é lenta. E dividida em quatro etapas. As duas primeiras, aliás, já foram cumpridas: a regulamentação por parte da Câmara do novo sistema de ponto eletrônico e a definição da empresa responsável pela aquisição e instalação dos equipamentos necessários.
Agora, a Câmara tem até 28 de fevereiro para instalar os equipamentos na Casa e para começar a preparar a mudança do sistema. E, impreterivelmente até 4 de maio, deve-se efetivamente colocar a operação em funcionamento.
Por parte do legislativo municipal, o presidente-vereador João Corujinha (DC) foi quem assinou o TCAC, comprometendo-se a cumprir rigorosamente todos os prazos.Já o MPPB, representado pelo promotor Carlos Romero, se comprometeu a desistir de qualquer ação cível contra a Câmara por causa desse assunto específico, desde que aconteça o “cumprimento integral das obrigações e prazos ajustados”.
Em caso de descumprimento do acordo, o documento prevê multa diária de mil reais contra a CMJP, mas limitada a um total de R$ 50 mil.
FONTE:https://g1.globo.com