O delegado de homicídios Carlos Othon explicou que as declarações publicadas pela vítima em seus perfis nas redes sociais estão sendo coletadas e vão ser analisadas dentro do inquérito que apura a morte do estudante. “Vamos ouvir os seguranças da UFPB, todos vão ser convocados a prestar esclarecimentos”, comentou.
Ainda conforme Carlos Othon, Clayton Tomaz de Souza foi preso dentro da UFPB por suspeita de depredação do patrimônio público, caso que foi investigado até pela Polícia Federal, de acordo com o delegado.Clayton Tomaz de Souza estava desaparecido desde o dia 6 de fevereiro. De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, o estudante foi encontrado morto com uma perfuração na nuca causada por arma de fogo. O corpo foi encontrado em uma área conhecida por ser usada para descarte de corpos em casos de homicídio, na praia de Gramame. Apesar dos indícios de execução, Carlos Othon afirmou que a suspeita de execução ainda não pode ser confirmada.
Em uma das publicações feitas por “Alph” em um dos seus perfis nas redes sociais, ele escreveu “guardinha terceirizado achando que é polícia, jurando que serve a um Estado. Ameaça minha pessoa, e a UFPB finge não ver. Meu sangue vai aspirar (sic) nas mãos de vocês, quando eles fizerem o que tanto dizem que farão, a mim e a outros e outras”.
Em outro perfil, ele denuncia que a falta de um plano de segurança na UFPB, fato que resultaria no excesso durante as abordagens por parte dos seguranças do campus de João Pessoa. Ele cita o professor João de Deus das Neves, chefe do setor de segurança da instituição, como conivente nos casos de abuso que ele o estudante afirma existir.
O estudante afirma em outra publicação que protocolou na ouvidoria da UFPB uma denúncia sobre as ameaças que sofria dos guardas dentro do campus. Em nota, a UFPB informou, por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar sobre o caso porque a morte foi fora do campus e que a empresa de segurança é privada e por isso não tem vínculo direto com a universidade.
FONTE:https://g1.globo.com