Internações por síndrome respiratória aumentam 43% na PB em uma semana, diz secretaria
O que acontece..
Publicado em 05/05/2020

Secretário de Saúde afirmou que queda das taxas de isolamento interferiram diretamente na celeridade do aumento dos casos de internação na Paraíba.

A Paraíba tem convivido com uma média de 100 novos casos confirmados do novo coronavírus desde o fim de abril. O reflexo do avanço da Covid-19 no estado também pode ser visto no aumento gradual de internações de pacientes notificados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag). O secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, afirmou nesta segunda-feira (4) que estado passa por um momento de pico dos casos.

 

Embora o cenário seja de estado crítico e de proximidade com um colapso dos leitos hospitalares para tratamento de pacientes infectados pelo coronavírus, os níveis de isolamento social na Paraíba tem oscilado para baixo, chegando a 41% no fim de abril.

Um levantamento das informações fornecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e dos dados fornecidos pela In Loco, empresa pernambucana que tem ajudado os governos estaduais e municipais a monitorar o deslocamento de pessoas a partir da movimentação dos aparelhos celulares em relação ao posicionamento por GPS, apontou que um relaxamento do isolamento social na Paraíba pode ter interferido no aumento dos casos.

Taxas de isolamento social na Paraíba
Dados indicam percentual de moradores cumprindo quarentena
Índice484850504949494960605151595950504545494950505757505050505555414151515858Taxa de isolamento (em %)15/0416/0417/0418/0419/0420/0421/0422/0423/0424/0425/0426/0427/0428/0429/0430/0401/0502/05404550556065
Fonte: In LocoInternações por Srag em hospitais da Paraíba
Dados são de pacientes com problemas respiratórios que foram hospitalizados
Internações141141132132157157162162171171181181196196192192202202Número de internacões24/0425/0426/0427/0428/0429/0430/0401/0502/05120140160180200220
Fonte: SES

Para Geraldo Medeiros, secretário de Saúde, o aumento da ocupação dos leitos exclusivos para Covid-19 tem relação direta com a promoção de aglomerações por parte, principalmente dos moradores de João Pessoa. Ele explicou que os números de um dia refletem o comportamento da população 15 dias atrás.

“Essa ocupação célere dos leitos é em decorrência de que há 15 dias a população de João Pessoa ocupou a orla e produziu aglomeração e se contaminou. É um momento preocupante, já havíamos alertado a população na semana passada na Grande João Pessoa da probabilidade de um colapso na rede pública estadual, essa probabilidade ela existe”, lamentou o secretário

Ainda de acordo com Geraldo Medeiros, se população não colaborar a Paraíba pode entrar em colapso em um espaço de 15 dias. “Isso é terrível, porque você pode precisar de um leito de UTI e não ter isso. É isso que estamos querendo evitar, alertando a população principalmente de Santa Rita, Bayeux, Cabedelo”, completou.

 

Praias, calçadinha e parques fechados

 

Prefeitura de João Pessoa decretou o fechamento do acesso às praias ao calçadão das avenidas da orla e aos parques municipais, até o dia 18 de maio, como mais uma medida restritiva de circulação como forma de combate à disseminação do novo coronavírus no município.

 

Com o decreto, fica vedado o acesso a todas as praias de João Pessoa, ao calçadão da orla, ao Parque da Lagoa e ao Parque Parahyba, locais, que segundo o decreto, são de habitual concentração de pessoas, mesmo com os alertas emitidos pelas autoridades sanitárias.

“Nós só podemos voltar às atividades e acabar com o isolamento de maneira progressiva se a gente subir o grau de isolamento social na cidade de João Pessoa. Quem quiser voltar a ter alguma atividade na capital tem que colaborar com isso. Se todo mundo tivesse colaborado desde o começo, talvez estivéssemos hoje anunciando medidas de flexibilizar o retorno às atividades de cultura, lazer, educação e comércio. Como parte das pessoas não colaborou, os casos subiram e isto significa que estamos adiando ainda mais o retorno à normalidade na capital”, disse Luciano Cartaxo.

FONTE:https://g1.globo.com

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