O novo decreto, anunciado no último sábado (9), começou a valer na segunda-feira, quando a Sedurb também deu início às fiscalizações. Entre as determinações do novo decreto que endurecem o distanciamento social, está a proibição do acesso às praças públicas da cidade, a obrigatoriedade do trabalho home office de profissionais liberais e do uso de máscaras. Também foi anunciada a implantação de 40 novos leitos para pacientes com a Covid-19.
Durante o trabalho, de acordo com o secretário da Sedurb, Zennedy Bezerra, foi constatado que, mesmo com as orientações das equipes da prefeitura, alguns comerciantes do Mercado Central estavam insistindo em instalar as estruturas para feira livre. "A ação foi necessária para viabilizar o cumprimento do decreto. As feiras livres precisaram ser suspensas porque estavam se tornando pontos de aglomeração de pessoas e, no momento atual que estamos vivendo, precisamos diminuir os riscos de transmissão vírus", explicou o secretário.
Ele ainda destacou que 70% dos comerciantes que ocupavam a Rua Francisca Moura com bancas, possuem boxes no Mercado Central e a Sedurb fez a relocação deles para esses espaços. "A gente fez esse trabalho de reordenamento e encaminhou os outros 30% para bancas localizadas entre os galpões", reiterou Zennedy.
Os mercados estão funcionando, com os serviços essenciais (frutas, verduras e açougue) e equipes da Sedurb fiscalizam constantemente o fluxo de pessoas nesses espaços, o uso de máscaras por parte de funcionários e consumidores e a disponibilização de álcool gel. Todas essas medidas foram especificadas no decreto municipal.
Para o decreto, foram usados como critérios para as determinações o baixo índice de distanciamento social dos pessoenses nos últimos dias, a taxa de ocupação dos leitos e o número de casos, que até a noite do último domingo-feira (10), de acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), é de 1.179 pessoas com a doença. Conforme o prefeito, o uso de mascaras é obrigatório principalmente para os entregadores de delivery, que também precisam estar usando luvas no momento das entregas.
De acordo com o gestor, a decisão de fechar temporariamente as feiras livres e as feiras menores que ficam próximas aos mercados públicos, é para evitar o contágio pela quantidade de pessoas que frequentam e para evitar um futuro fechamento dos próprios mercados.
O acesso às praças públicas para caminhadas, peladas e quaisquer outras atividades está proibido. Os profissionais liberais como advogados, publicitários, contadores, corretores e arquitetos devem adotar a modalidade de trabalho em casa. "São medidas duras e difíceis, mas o momento requer para que vidas sejam salvas", disse.
FONTE:https://g1.globo.com