O levantamento está sendo realizado por meio de questionário on-line. Até a quinta-feira (4), a pesquisa, que teve início em 26 de maio, recebeu pelo menos 200 respostas em menos de dez dias. A meta é atingir 500 participantes.
Segundo os dados preliminares da pesquisa, o distanciamento social também alterou o cuidado com as crianças e com os idosos, atividades de ensino e de lazer. Mas nem todas as modificações foram apontadas, inicialmente, como negativas, a exemplo das relações familiares, que, para algumas pessoas, melhoraram.
O estudo está sendo conduzido pela pesquisadora Berla Moraes, líder do grupo de pesquisa Vida adulta e cotidiano. Os dados poderão ser utilizados como subsídios para que outras estudos sejam feitos. Segundo a pesquisadora, mudanças nas questões emocionais, como medo e ansiedade, podem estar impactando na realização das ocupações cotidianas.“Acredito que a pesquisa vai contribuir socialmente porque a gente já começou a analisar um pouco e ela já dá indícios de que várias rotinas foram alteradas. Então a gente já começa a perceber que realmente as rotinas tiveram alterações, logo, como terapeutas ocupacionais, pretendemos propor soluções”, disse a pesquisadora.
A pesquisa considerou para as análises, fatores como a classe social dos entrevistados. “Para pessoas com renda mais baixa, por exemplo, pode haver impacto negativo nos relacionamentos, no nível de satisfação com a rotina, nas ocupações cotidianas. Por isso a pesquisa precisa ser bem divulgada para ampliar seu alcance e chegar a todos os públicos”.
Os resultados serão disponibilizados por meio do perfil do grupo de pesquisa no Instagram e no site do Departamento de Terapia Ocupacional da UFPB. O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para Seres Humanos (Conep) do Ministério da Saúde.
FONTE:https://g1.globo.com