Pesquisa da UFPB estuda efeitos do distanciamento social nos hábitos e saúde da população
O que acontece..
Publicado em 06/06/2020

Objetivo é investigar se o isolamento social em domicílio alterou aspectos como sono, trabalho, atividades religiosas e de autocuidado, sobretudo prática de atividades físicas.

Uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) feita pelo Departamento de Terapia Ocupacional do Centro de Ciências da Saúde estuda efeitos do distanciamento social no cotidiano das pessoas, em aspectos como sono, trabalho, atividades religiosas e de autocuidado, sobretudo prática de atividades físicas. O objetivo da pesquisa é investigar se o isolamento social em domicílio, para contenção do contágio por Covid-19, alterou a rotina das pessoas adultas.

 

O levantamento está sendo realizado por meio de questionário on-line. Até a quinta-feira (4), a pesquisa, que teve início em 26 de maio, recebeu pelo menos 200 respostas em menos de dez dias. A meta é atingir 500 participantes.

Segundo os dados preliminares da pesquisa, o distanciamento social também alterou o cuidado com as crianças e com os idosos, atividades de ensino e de lazer. Mas nem todas as modificações foram apontadas, inicialmente, como negativas, a exemplo das relações familiares, que, para algumas pessoas, melhoraram.

O estudo está sendo conduzido pela pesquisadora Berla Moraes, líder do grupo de pesquisa Vida adulta e cotidiano. Os dados poderão ser utilizados como subsídios para que outras estudos sejam feitos. Segundo a pesquisadora, mudanças nas questões emocionais, como medo e ansiedade, podem estar impactando na realização das ocupações cotidianas.“Acredito que a pesquisa vai contribuir socialmente porque a gente já começou a analisar um pouco e ela já dá indícios de que várias rotinas foram alteradas. Então a gente já começa a perceber que realmente as rotinas tiveram alterações, logo, como terapeutas ocupacionais, pretendemos propor soluções”, disse a pesquisadora.

A pesquisa considerou para as análises, fatores como a classe social dos entrevistados. “Para pessoas com renda mais baixa, por exemplo, pode haver impacto negativo nos relacionamentos, no nível de satisfação com a rotina, nas ocupações cotidianas. Por isso a pesquisa precisa ser bem divulgada para ampliar seu alcance e chegar a todos os públicos”.

Os resultados serão disponibilizados por meio do perfil do grupo de pesquisa no Instagram e no site do Departamento de Terapia Ocupacional da UFPB. O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para Seres Humanos (Conep) do Ministério da Saúde.

FONTE:https://g1.globo.com

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