Os prefeitos eleitos de Picuí e Soledade, Olivanio Remígio (PT) e Geraldo Moura Ramos (PP), respectivamente, prometem travar uma verdadeira batalha jurídica nos tribunais para evitar que a eleição para a presidência da Famup (Federação das Associações de Municípios da Paraíba).
A Famup é comandada há vários anos por aliados do deputado Estadual, Buba Germano (PSB), adversário ferrenho de Olivanio que, inclusive, derrotou o professor, Renan Germano (PSB), irmão do parlamentar e pôs fim a era denominada como o "Bubismo", na capital da carne de sol.
O prefeito eleito picuiense tem se articulado nos bastidores com diversos gestores e promete ir as últimas consequências para também por fim a influência de Buba na Famup que, na sua opinião, é um atraso para os municípios que integram a entidade.
O Estatuto da Famup é eivado de vícios cujo único objetivo é a perpetuação de um reduzido grupo no poder.
A eleição da entidade, que estava prevista para ocorrer entre os dias 10 e 15 de janeiro de 2017, foi antecipada para o dia 30 do corrente mês e o ex-prefeito de Pedra Lavrada, Tota Guedes, aliado histórico de Buba, é mais uma vez candidato á presidência da Famup.
Ele foi candidato novamente a prefeito de Pedra Lavrada, localizada no Seridó paraibano, mas perdeu a eleição para Jarbas Melo (PSD).
Tota alega que, de acordo com o estatuto da Famup permite que um ex-prefeito assuma a presidência da instituição, desde que o prefeito atual autorize, porque o filiado é o município e não o gestor de plantão.
Tota conta com um primo e aliado de primeira hora na Prefeitura, Roberto Cordeiro (PSB), mas até o dia 31 de dezembro, pois vai dar o lugar a Jarbas, vencedor do pleito de 2 de outubro.
Ou seja, é por isso que o grupo de Buba está com pressa para realizar a eleição, pois desta forma conseguiria deixar seu pupilo, Tota, no comando da Famup e evitaria uma disputa incerta em 2017.
Disputa nos tribunais
O prefeito eleito de Soledade, se lançou como pré-candidato da Famup e promete ir à Justiça para tentar barrar a antecipação da eleição.
Geraldo disse que, caso aconteça realmente a eleição este mês, diversos prefeitos eleitos teriam lhe garantido que desfiliaria seus respectivos municípios da Famup, haja vista que não teriam direito a voto, porque só tomam posse a partir de 1º de janeiro.
O novo gestor soledadense disse que é benéfico para a democracia a alternância de poder e que se coloca contra a reeleição de Tota justamente por esses princípios.
“A reeleição não é benéfica em nenhum processo democrático. Não tenho nada contra Tota, mas ele já ocupou a presidência por dois mandatos e se coloca como candidato novamente”, disse Geraldo em entrevista ao Correio Debate.
Fonte:http://www.helenolima.com