Grupo virou carros, quebrou vidros de ministérios e quebrou orelhões.
Trânsito foi bloqueado na S1; PM usou bombas de gás lacrimogêneo.
Estudantes e ativistas políticos entraram em conflito com policiais militares na tarde desta terça-feira (29) durante protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 – que limita os gastos do governo pelos próximos 20 anos – em frente ao Congresso Nacional. O grupo virou carros que estavam estacionados de baliza na lateral da Esplanada, e a corporação reagiu com bombas de gás lacrimogêneo.
Os manifestantes quebraram, então, vidros e aparelhos de ar condicionado dos ministérios do Esporte e Desenvolvimento Agrário e da Educação, arrancaram placas de trânsito, quebraram orelhões e atearam fogo a veículos. Por volta das 20h50, a Esplanada dos Ministérios já tinha sido liberada, mas os manifestantes davam continuidade ao ato na rodoviária do Plano Piloto.
Uma barricada foi montada na pista, com sacos de lixo, entulho e banheiros químicos. O Museu Nacional e outros prédios da Esplanada foram pichados. A PM voltou a dispersar bombas de gás na tentativa de dispersar o grupo.
Pelo menos quatro garotos foram detidos – três estavam com soco inglês. O ato ocorre no mesmo dia em que o Senado deve analisar a PEC em primeiro turno e a Câmara, as medidas anticorrupção.
Em balanço divulgado no fim da noite, o governo do Distrito Federal informou que, além das quatro prisões, cinco ocorrências por dano foram registradas na Polícia Federal. O Corpo de Bombeiros fez 40 atendimentos sem gravidade. Na avaliação do governo, a PM "agiu dentro dos padrões técnicos para o enfrentamento desse tipo de situação e procurou preservar o patrimônio e a segurança das pessoas".
Parte do grupo aplaudiu os atos de vandalismo. Pelo menos três pessoas passaram mal durante o tumulto. Os manifestantes gritavam “Fora, Temer”, “Não à PEC”. Outra parte dos manifestantes pediu a policiais militares que fizessem um cordão em volta da pista para garantir a segurança dos que não estavam envolvidos com a confusão.
Fonte: http://g1.globo.com