O avião da empresa Lamia que levava o elenco da Chapecoense para a Colômbia e caiu matando 71 pessoas na madrugada de terça-feira não cumpriu o plano de voo previamente estabelecido. Foi o que afirmou o CEO da empresa aérea, Gustavo Vargas, em entrevista ao diário boliviano Página Siete nesta quarta.
Vargas admitiu que “o avião deveria ter reabastecido em Bogotá” ao invés de seguir viagem para Medellín. Ao decidir por não parar na capital colombiana, o piloto Miguel Quiroga colocou em risco o nível de combustível da aeronave, o que causou a pane elétrica que gerou a tragédia em uma localização próxima a Medellín.
“O piloto é quem tomou a decisão de não pousar, porque pensou que tinha combustível suficiente”, disse Vargas. “No plano de voo havia a opção de a aeronave parar em Cobija (na fronteira da Bolívia com o Brasil), mas logo se falou da opção de Bogotá para reabastecer. Temos que investigar o motivo do piloto ter decidido ir direto a Medellín”, acrescentou.
Esta investigação está sendo realizada pelas autoridades colombianas e pela Aeronáutica Civil da Bolívia, país de onde saiu o voo que levaria o elenco e a comissão técnica da Chapecoense, junto de outros tripulantes, jornalistas e convidados da equipe para Medellín, onde ocorreria o jogo de ida da final da Copa Sul-Americana nesta quarta.
Até o momento, a causa mais provável do acidente foi a falta de combustível apresentada pela aeronave quando estava a cerca de 13 quilômetros do aeroporto de Medellín. Os níveis estavam no limite e seriam suficientes para completar a viagem, porém, o Avro RJ85 que levava a delegação da Chape teve de esperar e realizar voltas no ar por conta do pedido de pouso de emergência de um outro avião, da companhia Viva Colômbia, que vinha de Bogotá.
Um áudio, divulgado nesta quarta pela Rádio Blur, da Colômbia, registrou novo áudio da conversa entra o piloto Miguel Quiroga e a torre de controle do aeroporto José Maria Córdova, confirmando esta tese.
Fonte:http://www.gazetaesportiva.com