No vídeo, o professor João Batista Servílio Pereira da Silva defende o tratamento precoce e preventivo e diz que é mais eficiente que as vacinas. ELe diz que quando a pessoa está doente toma até querosene. "Existe tratamento preventivo contra Covid que é mais eficiente que a vacina. Se vocês não querem aceitar a verdade, isso é um problema de cada um, mas não pode ser negado que as pessoas conheçam", diz o professor.
Por telefone, o professor disse à TV Cabo Branco que ainda não foi avisado sobre o processo administrativo. Ele disse que só vai se pronunciar quando tiver ciência do processo.
Durante a explanação, o professor chegou a ser questionado. "Eu não sou contra vacina, também não posso dizer que não existe tratamento, porque eu sei que existe", retrucou o professor. Alguns pais foram informados pelos filhos e outros acompanharam a fala do professor na aula remota. Itamar Sales é pai de um dos alunos e não esperava que os professor de comportasse dessa forma na sala de aula. "Você está indicando a jovens que ainda estão em formação um tratamento que não existe, que não é comprovado cientificamente, e que tem matado pessoas", disse.
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) se manifestou sobre o caso. O diretor de fiscalização do CRM, Leandro de Souza, disse que o que se sabe em relação à Covid-19, que realmente funciona para prevenção, é o uso de máscara, lavagem das mãos, distanciamento social e vacinas. "Há evidências robustas sobre isso e nós devemos defendê-las", declarou.
Em nota, a Escola Sesquicentenário disse que está ciente do caso e vai tomar as providências junto com a Secretaria de Educação do Estado. Disse, ainda, que repudia a atitude do professor e que ele deve se retratar na próxima aula.
O secretário de educação, Cláudio Furtado, informou que foi aberto um processo administrativo para apurar a conduta do professor. Ele explicou que a secretaria defende a ciência e o método científico e que não concorda que professora defendam pontos de vista que não tem nenhuma base científica.
"Você não pode fazer com que teorias que não tenham comprovação científica possa ser ministrado aos nossos alunos como verdade. É contra o que estabelece a Secretaria de Edcuação, Ciência e Tecnologia, contra a base comum curricular vigente. O que podemos fazer é tomar as medidas para coibir que esse ato aconteça de novo", declarou o secretário.
Fonte:https://g1.globo.com