Conflito em Israel: paraibana divulga vídeos do abrigo antibombas onde se protegeu do ataque; assista
O que acontece..
Publicado em 13/10/2023

Tânia Cunha, de 59 anos, fez aniversário em meio ao conflito. disse que nunca vai esquecer os dias que viveu no país e relembrou os momentos de tensão.

A enfermeira paraibana Tânia Cunha, que estava em Jerusalém, em Israel, quando estourou o conflito com o Hamas, no último sábado (7), divulgou imagens do abrigo antibombas em que se protegeu no hotel onde estava hospedada. Tânia chegou na Paraíba na quarta-feira (11), e revelou detalhes do local onde estava com outros brasileiros, em meio a tensão da guerra.

 

Um dos vídeos mostra o caminho da entrada para o bunker, como são chamados os abrigos antibombas. Tânia, que tem 59 anos, filmou o corredor e a entrada do abrigo, um dos três que existem no hotel onde ela estava em Jerusalém. Outra imagem mostra um grupo de pessoas em um momento de oração. Segundo a enfermeira, além das orações, as pessoas que estavam abrigadas também receberam orientações de como se proteger do conflito.Já na Paraíba, ela conversou com o g1 e falou sobre como foi a expectativa de volta para casa. Tânia estava com um grupo de brasileiros em uma excursão.

 

“Foram dias difíceis. Nós tivemos três dias bem complicados e só vivenciando é que a gente tem ideia da dimensão do que se passa com a guerra”, afirmou Tânia Cunha.

 

A paraibana também relembrou a tensão de estar no país e escutar as sirenes de guerra. “Você está sentada com os amigos e de repente toca uma sirene, você tem que procurar abrigo no hotel. A nossa sorte é que o hotel já dispunha de abrigo. Vivenciar essas coisas…acho que nunca vou esquecer”, afirmouTânia estava há uma semana em Israel e embarcou nesta segunda-feira (10) de Tel Aviv, capital do país, até Brasília. A mulher chegou ao Brasil por volta das 4 horas da manhã e desembarcou no Aeroporto Castro Pinto, em João Pessoa, às 11 horas. A paraibana só planejava sair de Israel na quinta-feira (12) e seguiria para Portugal, mas preferiu retornar ao Brasil.

A mulher veio em um voo de repatriação do Governo Brasileiro, acompanhada de uma outra paraibana, que preferiu seguir para o Rio de Janeiro antes de retornar à ParaíbaAlém de Tânia, outra paraibana chegou no primeiro voo de repatriação de brasileiros que estavam em Israel. Uma terceira paraibana também já saiu da zona de conflito e está na Jordânia, aguardando um voo para o Brasil, que deve pousar em São Paulo na sexta-feira (13). O vice-prefeito de Sousa, no Sertão, e a esposa dele, também estavam no país quando começou a guerra, e conseguiram voltar ainda no sábado.

De acordo com o Secretário Executivo da Representação Institucional da Paraíba, Adauto Fernandes, uma sexta paraibana, de João Pessoa, foi identificada em Israel. É uma estudante de mestrado que trabalha e mora em Tel Aviv, onde estava desde 29 de setembro. Ela deve voltar ao Brasil no terceiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB), na sexta-feira (13).

Adauto informou ainda, nesta quinta-feira (12), que o Governo da Paraíba entrou em contato com a embaixada de Israel no Brasil e solicitou informações sobre os paraibanos que viajaram ao país nos últimos 60 dias com objetivo de continuar tentando identificar pessoas em Israel.

Entenda o conflito

 

O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina sob mandato britânico. Israel foi proclamado no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território. Desde então, vários acordos já tentaram estabelecer a paz no território, mas sem sucesso.Neste sábado, um ataque surpresa do movimento islâmico armado Hamas em Israel deixou o país em estado de guerra.Segundo um alto comandante militar do Hamas, 5 mil foguetes foram lançados contra o país do Oriente Médio. Sirenes de avisos de bombardeios foram relatadas em várias regiões de Israel, incluindo Jerusalém. Há registros de edifícios danificados em Tel Aviv e em outras cidades.

O Hamas ainda divulgou imagens mostrando o que seria um tanque israelense destruído.

Em ataque de represália, os israelenses atacaram Gaza. Eles destruíram um prédio de 11 andares, a Torre Palestina.

No começo da noite [pelo horário local], o Hamas voltou a atacar. Dessa vez, disparou mísseis contra a cidade israelense de Tel Aviv.O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo como um todo, ou em alguns casos sua ala militar, é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.

Fonte:https://g1.globo.com

Comentários