A menina Ana Sophia, de 8 anos, teria sido morta por Tiago Fontes Silva Rocha, principal suspeito do desaparecimento dela, em 4 de julho de 2023, dentro da casa dele, no distrito de Roma, em Bananeiras, no Brejo paraibano. Em setembro, a Polícia Civil informou que uma perícia constatou que Ana Sophia entrou na casa de Tiago, no dia do desaparecimento, e não foi mais vista após isso.No dia 21 de setembro, a Justiça decretou a prisão temporária de Tiago, por homicídio qualificado. Ele está sumido desde o dia 11 de setembro, quando seria ouvido mais uma vez pela Polícia Civil. Até então, ele não era apontado como investigado do desaparecimento.
A casa de Tiago foi alvo de buscas e apreensões, feitas pela Polícia Civil em agosto de 2023. Conforme os delegados do caso, não há indícios de que o corpo da menina estaria enterrado no local.
“Não existe quintal ou terra nua na casa, é tudo coberto por piso, cimento ou concreto, e pela lógica dos fatos, a dinâmica de como tudo aconteceu, acreditamos que a criança foi retirada de lá após ser morta. Não podemos revelar mais que isso para não prejudicar a investigação”, disse o delegado Aldrovilli Grisi.
A Polícia Civil conseguiu chegar até a localização da casa de Tiago como o ponto de desaparecimento de Ana Sophia a partir do cruzamento de imagens de câmeras de segurança e de depoimentos de moradores da rua.
Conforme o delegado Aldrovilli Grisi, a polícia iniciou a investigação do desaparecimento refazendo os passos que a criança fez no dia 4 de julho de 2023.“Ela foi até a casa de uma amiga, às 12h34, e foi registrada saindo deste imóvel, por motivos alheios à vontade dela, e retornou para casa. Era comum da rotina dela fazer este trajeto, e às 12h36 é registrada a passagem dela em frente a um mercadinho, descendo a rua principal de Roma” explica.
Com esses dados, a polícia conseguiu traçar um ponto zero do desaparecimento, o trecho da rua. Ao ouvir moradores da região, os delegados conseguiram identificar que ela continuou a descer a rua, por cerca de 150 metros, exatamente no trecho onde fica a casa do investigado.
“Ela é vista por uma testemunha, uma amiga do colégio, no último ponto da rua, exatamente nos 15 metros que compõem a frente da residência do suspeito. Depois disso ela não é mais vista. Temos outras quatro testemunhas, que moram após a casa dele, que não a viram naquele dia”, diz Aldrovilli.
Fonte:https://g1.globo.com