Caso Ana Sophia: corpo encontrado em Bananeiras, na PB, é de suspeito do desaparecimento da menina
O que acontece..
Publicado em 14/11/2023

Informação foi confirmada por fontes da Polícia Civil à TV Cabo Branco. Corpo foi encontrado na quinta-feira (9) em avançado estado de decomposição.

corpo encontrado em avançado estado de decomposição, na quinta-feira (9), na zona rural de Bananeiras, no Brejo da Paraíba, é de Tiago Fontes, suspeito do desaparecimento da menina Ana Sophia. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Civil à TV Cabo Branco. Ana Sophia desapareceu em 4 de julho.

 

A apuração realizada pela TV Cabo Branco confirmou que o laudo dos exames periciais apontam que o corpo encontrado é realmente de Tiago Fontes.

Uma coletiva de imprensa sobre o caso Ana Sophia foi marcada para esta terça-feira (14), na sede da Delegacia-Geral da Paraíba, em João Pessoa. Estarão presentes representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.A entrevista deve trazer o resultado do exame do corpo encontrado e novidades sobre o desaparecimento da menina.

O corpo de Tiago Fontes foi encontrado junto de uma garrafa de bebida alcóolica e uma cama feita com capim, numa área de mata fechada, por trabalhadores rurais.

 

Cronologia do desaparecimento de Ana Sophia

 

Na terça-feira, 4 de julho, por volta das 12h, Ana Sophia pediu à mãe para ir brincar na casa de uma colega, como de costume. A menina de 8 anos era acostumada a andar pelas ruas do distrito de Roma, no município de Bananeiras. Ela se despediu por três vezes e saiu usando um vestido azul florido.Ana Sophia foi até a casa da colega, mas não permaneceu por muito tempo, pois a menina estava de saída com a família para Solânea, cidade vizinha a Bananeiras.

Uma câmera de segurança registrou Ana Sophia se despedindo da colega e retornando, como se estivesse voltando para casa, no entanto, ela nunca chegou na sua residência. Aquele foi o último registro da criança.

No mesmo dia, a família de Ana Sophia registrou na polícia o desaparecimento, e as buscas começaram no dia seguinte.

Na quarta-feira, 5 de julho, a Polícia Civil começou a procurar pela menina, com apoio da Polícia Militar e também do Corpo de Bombeiros. Uma força-tarefa foi montada, e as buscas aconteceram na casa da menina, em imóveis vizinhos, em açudes e nas matas da região. Foram usados cães farejadores, drones, helicóptero, mergulhadores dos Bombeiros e até retroescavadeira para reduzir o volume de um açude.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na quinta-feira, dia 31 de agosto, em imóveis do distrito de Roma, em relação ao desaparecimento da menina Ana Sophia.

Ana Sophia entra na casa de principal suspeito e não é mais vista

 

A menina Ana Sophia, de 8 anos, teria sido morta por Tiago Fontes Silva Rocha, principal suspeito do desaparecimento dela, em 4 de julho de 2023, dentro da casa dele, no distrito de Roma, em Bananeiras, no Brejo paraibano. Em setembro, a Polícia Civil informou que uma perícia constatou que Ana Sophia entrou na casa de Tiago, no dia do desaparecimento, e não foi mais vista após isso.No dia 21 de setembro, a Justiça decretou a prisão temporária de Tiago, por homicídio qualificado. Ele está sumido desde o dia 11 de setembro, quando seria ouvido mais uma vez pela Polícia Civil. Até então, ele não era apontado como investigado do desaparecimento.

A casa de Tiago foi alvo de buscas e apreensões, feitas pela Polícia Civil em agosto de 2023. Conforme os delegados do caso, não há indícios de que o corpo da menina estaria enterrado no local.

“Não existe quintal ou terra nua na casa, é tudo coberto por piso, cimento ou concreto, e pela lógica dos fatos, a dinâmica de como tudo aconteceu, acreditamos que a criança foi retirada de lá após ser morta. Não podemos revelar mais que isso para não prejudicar a investigação”, disse o delegado Aldrovilli Grisi.

 

Identificação da casa

 

A Polícia Civil conseguiu chegar até a localização da casa de Tiago como o ponto de desaparecimento de Ana Sophia a partir do cruzamento de imagens de câmeras de segurança e de depoimentos de moradores da rua.

Conforme o delegado Aldrovilli Grisi, a polícia iniciou a investigação do desaparecimento refazendo os passos que a criança fez no dia 4 de julho de 2023.“Ela foi até a casa de uma amiga, às 12h34, e foi registrada saindo deste imóvel, por motivos alheios à vontade dela, e retornou para casa. Era comum da rotina dela fazer este trajeto, e às 12h36 é registrada a passagem dela em frente a um mercadinho, descendo a rua principal de Roma” explica.

Com esses dados, a polícia conseguiu traçar um ponto zero do desaparecimento, o trecho da rua. Ao ouvir moradores da região, os delegados conseguiram identificar que ela continuou a descer a rua, por cerca de 150 metros, exatamente no trecho onde fica a casa do investigado.

“Ela é vista por uma testemunha, uma amiga do colégio, no último ponto da rua, exatamente nos 15 metros que compõem a frente da residência do suspeito. Depois disso ela não é mais vista. Temos outras quatro testemunhas, que moram após a casa dele, que não a viram naquele dia”, diz Aldrovilli.

Fonte:https://g1.globo.com

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