Crianças passaram mal, precisaram ser atendidas no hospital e foram diagnosticadas com intoxicação.
Um funcionário de uma creche municipal em Piancó, no Sertão da Paraíba, está sendo investigado suspeito de intoxicar cinco crianças ao fazê-las ingerir medicamento ainda não identificado.
A ocorrência foi registrada no dia 26 de julho, mas o Conselho Tutelar da cidade só divulgou o caso no fim de semana.
As crianças, que têm entre 4 e 5 anos, contaram à Polícia Civil que foram obrigadas a tomar o medicamento após o almoço que é servido na creche. Nenhuma delas, porém, soube especificar que tipo de remédio tinham ingerido.
Elas foram levadas ao hospital sem que os pais soubessem, apresentando sintomas como tontura, fraqueza e sangramentos pelo nariz. As cinco foram atendidas no Hospital Regional de Piancó e receberam alta médica na sexta-feira (28).
"Conversei com meu filho e perguntei o que estava acontecendo e ele disse que um professor tinha dado um comprimido a ele e outros alunos porque estavam dando trabalho e não queriam dormir", relata Maria José Silva, mãe de uma das crianças intoxicadas.
A reportagem da TV Paraíba teve acesso aos prontuários médicos do Hospital Regional de Piancó. Em todos eles a causa apontada foi intoxicação exógena, que é registrado quando uma substância que não é produzida pelo corpo humano provoca os sintomas de intoxicação.
Relatos são contraditórios
O suspeito de ter dado a medicação às crianças, de 24 anos, também já prestou depoimento. Ele disse ao delegado e aos conselheiros tutelares que as crianças pegaram o remédio escondido e tomaram sem que ele percebesse.
"Segundo o funcionário, as crianças estavam com dor de cabeça e pediram o remédio. Ele disse que deu dipirona, mas quando conversamos com o médico do hospital ficamos sabendo que possivelmente as crianças ingeriram outro tipo de medicamento e por isso tiveram o quadro agravado", relata o conselheiro tutelar Everton de Cássio.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Piancó informou que a Secretaria de Educação já instaurou um procedimento administrativo para apurar o caso e que já determinou o afastamento do funcionário apontado como suspeito. O órgão disse também que prestou toda a assistência necessária às famílias e está colaborando com as autoridades para que tudo possa ser esclarecido.
FONTE:http://g1.globo.com