De acordo com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), responsável pela investigação no MP, o casal fazia isso mantendo rígido controle das rotinas e meios de comunicação dos menores de idade. As tatuagens feitas nos menores tinham cunho sexual.Na denúncia, o MP apontou “um modus operandi estruturado e premeditado” do casal para a exploração sexual de crianças e adolescentes, caracterizado pela utilização de fraude, promessas de fama e vantagens materiais para atrair menores em situação de vulnerabilidade.O órgão também pediu indenização por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões. A denúncia foi apresentada à 2ª Vara Mista de Bayeux.
O g1 entrou em contato com a defesa do casal, mas até a última atualização desta matéria não obteve retorno.
Hytalo e o marido estão presos no Presídio do Róger, em João Pessoa, desde 28 de agosto, quando foram transferidos para a Paraíba após prisão em São Paulo, no dia 15 de agosto.
De acordo com o Gaeco, os crimes apontados na denúncia são três e aconteciam da seguinte forma:
Tráfico de Pessoas - Hytalo e Euro agenciavam e aliciavam adolescentes e suas famílias, com promessas, visando ao controle da liberdade e da vida íntima das vítimas para fins de exploração sexual;
Produção de Material Pornográfico Envolvendo Criança ou Adolescente - geração e divulgação de conteúdos de cunho sexual em redes sociais, com a finalidade de monetização e aumento de engajamento digital;
Favorecimento da Prostituição ou Exploração Sexual de Vulnerável - incentivo à prática de atos sexuais com terceiros, inclusive mediante situações de constrangimento, como a exposição de adolescentes em ambientes e papéis destinados à exploração sexual.
Cronologia do caso Hytalo
PROIBIÇÃO DE CONTATO COM AS VÍTIMAS: Hytalo não pode ter contato com os adolescentes citados no processo;
DESMONETIZAÇÃO: ele não pode receber dinheiro por conteúdos publicados nas redes sociais;
SEGUNDO PEDIDO DE BUSCA E APREENSÃO: na quinta-feira (14), a Justiça da Paraíba autorizou novas buscas e apreensões em endereços ligados a Hytalo Santos. Desta vez, a autorização é relacionada à ação da promotoria de Bayeux.
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Infográfico - Entenda o debate sobre 'adultização' que viralizou nas redes envolvendo Felca e Hytalo. — Foto: Arte/g1
- Fonte:https://g1.globo.com