Regras em constantes mudanças ameaçam a categoria
21/03/2016 16:14 em Esportes

Largada da Fórmula 1

 

 

Em meio a uma batalha emocionante entre Mercedes e Ferrari pela vitória em Melbourne, o espectro de regras em constante mudança continuou a pairar sobre a F1.

 

Durante os poucos dias da abertura da temporada, nada menos que três regras foram alteradas.

 

Mika Hakkinen, ex-campeão mundial, acha que a situação é prejudicial à F1.

 

“Os fãs estão sempre me dizendo que eles assistem a menos corridas do que nunca e não seguem a F1 tão de perto”, disse ele. “Eles dizem que é muito complicado, muito técnico. As pessoas gostam de coisas simples”.

 

Mesmo para os peritos nesta área, a corrida em Melbourne foi difícil de acompanhar.

 

A classificação eliminatória ocorreu no sábado e foi completamente desmantelada menos de 24 horas depois, mas Lewis Hamilton acredita que a decisão de reverter para o formato de 2015 foi tomada precipitadamente.

 

“Não devemos ter medo de fazer outra aposta apenas porque esta deu errado”, disse ele.

 

As regras também mudaram em outras áreas em Melbourne. A proibição de pilotos descartarem as viseiras sobressalentes do capacete foi prontamente adiada, enquanto uma nova lista de comunicações permitidas pelo rádio foi elaborada.

 

“É bom que temos pelo menos permissão para discutir a estratégia”, disse Christian Horner, “porque a F1 é um esporte de equipe e o elemento tático é muito interessante e importante”.

 

Mas as palavras finais ainda não foram ditas, em especial sobre o formato de classificação. Já se apontou que a Ferrari ainda tem o seu poder de veto, enquanto que as últimas alterações devem ser sancionadas pela Comissão de F1 e pelo Conselho Mundial de Automobilismo.

 

E a crescente complexidade da chamada ‘proibição de rádio’ está se tornando uma farsa.

 

“As equipes em breve terão de escrever o que é permitido e o que não é em um rolo de papel higiênico”, disse um gaiato no paddock.

 

Sebastian Vettel, um declarado ‘purista’ da F1, não é fã da repressão.

 

“Acho que você pode argumentar que estamos aqui para correr, não disputar jogos de memória”, disse ele. “Tive algum problema na corrida com o software, mas não acho que é muito emocionante para os fãs quando tenho dificuldade com isso quando estou competindo”.

 

E mesmo Toto Wolff admitiu que a Mercedes tivesse que continuar a fazer seu dever de casa sobre a proibição de rádio depois de Melbourne.

 

Nico Rosberg, por exemplo, teve um problema com um pneu no final da corrida, “mas não podíamos dizer a ele”. E Wolff admitiu: “Não sabíamos o que poderíamos dizer aos pilotos no rádio”.

 

 

 

 

 

Fonte: Auto Racing

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!