Seis hospitais de Campina Grande e Queimadas têm riscos à saúde do trabalhador, diz MPT
Saude e Bem Estar
Publicado em 13/10/2017

Órgão fez uma inspeção nas unidades no início de outubro e identificou uma série de irregularidades.

Uma fiscalização feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) identificou uma série de irregularidades que causam riscos à saúde dos trabalhadores de seis hospitais públicos em Campina Grande e Queimadas, no Agreste da Paraíba. De acordo com o relatório do órgão, divulgado nesta sexta-feira (13), entre as irregularidades mais graves, uma copa e um dormitório foi instalado dentro de uma área com risco biológico de contaminação.

A fiscalização aconteceu entre os dias 2 e 6 de outubro. Em Campina Grande, foram identificadas irregularidades no Hospital de Emergência e Trauma, no Hospital da Criança e do Adolescente, no Hospital Dr. Edgley, no Hospital Pedro I e no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). Também foram achados problemas no Hospital Regional de Queimadas.

Segundo a procuradora do MPT Myllena Alencar, que coordenou a força-tarefa, a fiscalização teve como objetivo analisar apenas as condições de trabalho dos servidores dos hospitais e não o atendimento para a população.

 

“Constatamos uma total inexistência de programas de segurança, de comprovação de capacitação prévia dos trabalhadores para a execução das atividades, de controle ativo de imunização dos trabalhadores, além de condições sanitárias irregulares, falta de fornecimento de equipamentos de proteção individual adequados aos riscos das atividades”, disse.Outras irregularidades apontadas pelo relatório do MPT:

 

  • Extintores vencidos;
  • Instalações elétricas precárias;
  • Barreira inadequada entre áreas de roupas infectantes e não infectantes;
  • Trabalhadores expostos a riscos de contaminação biológica;
  • Seringas descartadas irregularmente;
  • Agulhas expostas;
  • Alto risco de acidente e contaminação;
  • Copas em áreas de risco biológico.

 

Ainda de acordo com Myllena, inquéritos vão ser instaurados para investigar as irregularidades. “No âmbito do MPT, vão ser instaurados inquéritos civis em face dos entes fiscalizados, a fim de restabelecer a ordem jurídica trabalhista desrespeitada, mais precisamente relacionada ao cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho nos serviços de saúde”, informou.

O diretor do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, informou que a unidade ainda não recebeu o ofício com as mudanças que precisam ser feitas e foram sugeridas pelo MPT, mas de antemão explicou que pretende cumprir todas as exigências.

A Secretaria de Saúde de Campina Grande, responsável pelos hospitais da Criança e do Adolescente, Dr. Edgley, Pedro I e pelo Isea, informou que também não teve acesso ao relatório com as mudanças, mas que assim que as unidades forem notificadas, vão fazer as reformas e mudanças necessárias.

O Hospital Regional de Queimadas disse que também está aguardando ser notificado para poder analisar o relatório e assim fazer todos os ajustes.

Fonte:https://g1.globo.com

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