A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou nesta segunda-feira, 29, através de Boletim Epidemiológico, cinco casos suspeitos de febre amarela na Paraíba, sendo quatro em João Pessoa e um em Alagoa Grande. Os pacientes viajaram nos últimos 15 dias para áreas com transmissão da doença como São Paulo, Goiás, Minhas Gerais e Rio de Janeiro.
Um dos casos suspeitos foi de um homem de 21 anos, que ainda está internado no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, e havia viajado para São Paulo. No início da tarde de ontem o hospital confirmou que o exame sorológico para a confirmação da doença resultou em descartado. No entanto, a SES segue investigando o caso.
Em Alagoa Grande, a paciente é uma mulher de 43 anos que viajou a passeio recentemente para o Estado do Rio de Janeiro. Dois dias após desembarcar na Paraíba, em 20 de janeiro, já em Alagoa Grande, no Brejo, ela apresentou uma forte febre e foi atendida na unidade médica da própria cidade.
Ontem pela manhã foi realizada a coleta de sangue da paciente, que será enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen), de onde será encaminhado a outros laboratórios fora do Estado para a testagem de dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Os resultados só devem ficar prontos dentro de 15 dias.
De acordo com a médica Tatiana Medeiros, da 3ª gerência de Saúde, a paciente não chegou a ser internada, mas está em casa, sem isolamento, mas com recomendação para passar sempre repelente para evitar picadas de mosquitos nesse período até a confirmação ou descarte da doença.
“Ela passou alguns dias no Rio de Janeiro, chegou no dia 18 e no dia 20 apresentou febre alta. Ela não chegou a ser internada em Campina Grande, foi consultada em Alagoa Grande mesmo. Como sabemos que o Estado do Rio de Janeiro é uma área endêmica, orientamos a coleta da sorologia para investigação de dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. O tempo ideal para que fosse realizada a coleta era hoje (segunda-feira), fizemos e enviamos para o Lacen. Ela está bem e só deverá voltar a uma unidade hospitalar se aparecerem sinais de complicação como sangramento e icterícia, que são os olhos amarelados”, disse.
Para Tatiana Medeiros, paraibanos não precisam se preocupar, pois a Paraíba ainda é considerada área livre de contaminação. “É importante dizer e tranquilizar a população que a gente também pensou em febre amarela, pois a paciente veio de uma região endêmica, mas que na Paraíba não há circulação do vírus da febre amarela e não há recomendação da vacina para quem vai ficar por aqui, apenas para os cidadãos que pretendem viajar para áreas endêmicas. O Estado é livre e ainda não temos casos registrados ou confirmados, na verdade no Nordeste quase nenhum Estado tem casos confirmados, com exceção da Bahia”, explicou.
Caça aos focos de mosquito
Uma orientação também foi feita ao próprio município para aumentar a vigilância contra focos de mosquitos. “Orientamos o município a buscar focos do mosquito Aedes aegypti nas proximidades da casa dela, pois pode se tornar um transmissor da febre amarela urbana. E orientamos o uso do repelente por ela, pois se ela tiver contato com um Aedes não contaminado e tiver sido picada por um transmissor, o mosquito que chegou depois pode sair disseminando”, orientou Tatiana Medeiros.
Fonte:http://caririligado