Cinco casos foram registrados na Paraíba. Quatro em João Pessoa e um em Alagoa Grande.
Dois casos de febre amarela já foram descartados na Paraíba. Os dois pacientes estavam sob investigação em João Pessoa. De acordo com o Boletim Informativo do Governo do Estado, cinco casos foram registrado, sendo quatro em João Pessoa e um em Alagoa Grande.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), todos os casos suspeitos de febre amarela na Paraíba são de pessoas com histórico de viagem para áreas com transmissão da doença nos últimos 15 dias, como São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os outros três casos registrados permanecem em investigação, aguardando resultados de exames laboratoriais e investigação epidemiológica. A SES lembra que o exame para diagnóstico de febre amarela só poderá ser realizado naqueles pacientes cujos sintomas se enquadrem na definição de caso suspeito do Ministério da Saúde. A amostra deverá ser enviada ao Laboratório Central da Paraíba (Lacen-PB) acompanhada de cópia da ficha de investigação e devidamente registrada no sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).
A Paraíba é considerada área livre para febre amarela, sem circulação viral. Porém, se faz necessário que os serviços de saúde públicos e privados estejam atentos a possíveis casos suspeitos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o “indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, residente ou precedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não humanos ou isolamento de vírus vetores nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado”. A notificação deve ser comunicada à Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria de Estado da Saúde em até 24 horas.
A febre amarela é uma doença febril aguda, não contagiosa, de curta duração (no máximo 12 dias), cuja letalidade varia de 5% a 10% nos casos poucos sintomáticos, podendo chegar a 50% nos casos graves (aqueles que evoluem com icterícia e hemorragias).O ciclo silvestre de transmissão do vírus da febre amarela envolve primatas não humanos (PNH) e mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O homem, quando não imunizado, pode se infectar ao adentrar áreas de mata em ambientes rurais e silvestres onde o vírus ocorre naturalmente. O ciclo de transmissão urbano (por Aedes aegypti) não é registrado no país desde 1942.
A Paraíba não é área endêmica para a doença, mas a SES orienta a intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti, de forma integrada e continuada, junto às diversas áreas afins no âmbito municipal (Vigilância em Saúde Ambiental, Atenção Básica, Secretaria de Educação, Secretaria de Infraestrutura e Limpeza Urbana, Secretaria de Meio Ambiente, movimentos sociais entre outros), com objetivo de reduzir os índices de infestação como medida de prevenção.
A recomendação de vacinação para a Febre Amarela é para o usuário que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra Febre Amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, conforme lista disponibilizada pelo Ministério da Saúde. Para tanto, no âmbito estadual, o Núcleo de Imunizações da SES-PB é o setor responsável pela solicitação, recebimento, distribuição e monitoramento dos registros de doses aplicadas, alimentadas pelos 17 municípios que são referências para administração da vacina.
Fonte:https://g1.globo.com