Herbívaro pré-histórico, famoso por possuir longo pescoço, teria vivido no estado há cerca de 136 milhões de anos
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco descobriram em Sousa, Sertão paraibano, a 438 km de João Pessoa, fósseis de uma espécie até então desconhecida de titanossauro. O herbívaro pré-histórico, famoso por possuir longo pescoço, teria vivido na Paraíba há cerca de 136 milhões de anos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (25), pela Folha de S. Paulo.
De acordo com a publicação, estudos liderados pela paleontóloga Aline Ghilardi concluíram que o material – fragmentos de fíbula, parte do osso da perna – trata-se de uma espécie inédita. Ainda conforme a Folha, a pesquisa teria pelo menos outros dois grandes méritos: o fato de ser a primeira identificação eficaz de grandes répteis que habitaram a Paraíba e ser vestígio da espécie mais antiga do período Cretáceo (entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás) já identificada no Brasil.
Segundo a reportagem, quem primeiro encontrou o material foi Luiz Carlos Gomes, morador de Sousa. Ele viu o osso preso em pedras e sedimentos e tirou uma foto. A imagem circulou na internet, até chegar aos pesquisadores da UFPE, que viram potencial naqueles fragmentos.
Com apoio da Secretaria de Turismo, o material foi recolhido e levado para laboratórios em Pernambuco. Os fragmentos ósseos já foram trazidos de volta para Paraíba e, em breve, devem ser expostos no Vale dos Dinossauros, parque que atrai milhares de turistas todos os anos por abrigar trilhas com pegadas dos animais pré-históricos.
Agora, os pesquisadores esperam a coleta de mais frações osséas para aprofundar o estudo e ter informações suficientes para realizar uma descrição completa e oficial do réptil. O novo dinossauro, por enquanto, se chama Sousatitan - o titã de Sousa, apelido criado pela equipe de paleontólogos.
Rádio Caruá Fm
Com Portal Correio